quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Pokémon Blast: O Pokéradar

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Quando você chega no Pal Park, pela primeira vez, o Professor Carvalho dá-lhe a Pokeradar e Pokétch característica 20. O Pokeradar lhe permite garantir uma aparência Wild Pokémon. No entanto, com o Dex nacional em seu poder você vai ser capaz de encontrar Pokémon que não estão na Sinnoh Dex. A forma como o Pokeradar funciona é que quando você usá-lo na grama sem a sua bicicleta, você verá o início grama para farfalhar. Vá para ela e você terá um encontro Wild Pokémon. Contudo, isto não garante que a batalha Pokémon de idade, você pode qualquer batalha Pokémon na rota.
Existe uma maneira de determinar se entretanto. Quanto mais o arbusto rustles, o mais raro o Pokémon. Se o bit de grama também brilha, isso significa um Pokémon Shiny está espreitando por isso não deixe de obter essa

No entanto, você não precisa se preocupar se você encontrar um velho, se você batalha Pokémon e acidentalmente fraco, você terá outra chance para ele quando o Pokeradar sai novamente logo após a batalha de alguns bons momentos. Isso também ajuda você a obter um gênero específico, por exemplo, se você está caçando para um Kirlia macho ou um Snorunt fêmea para fins evolutivos.

Função 20 do Pokétch também funciona utilizando este. Ele exibe a maior raia você teve lutando Wild Pokémon encontrado com o Pokeradar, apenas para divulgação dos direitos.

Este recurso é muito útil e vai ajudá-lo a preencher o seu Pokédex Nacional, pois há um bom número de Pokémon disponíveis apenas desta forma como são suas evoluções.

Abaixo estão todos os Pokeradar-Pokémon exclusivos e as rotas / áreas que residem em:

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Nzinga Jinga, a guerreira de Matamba

NzingaVerdades ou mistérios nessa história? Ao certo ninguém nunca saberá!

A história de Rainha Nzinga surpreende e encanta todos os historiadores que tentaram decifrá-la. A riqueza incomum de sua trajetória traz a todo momento dúvidas sobre a veracidade dos fatos. O que se sabe é que uma rainha tribal negra conseguiu enfrentar a opressão portuguesa e influenciar de forma decisiva a história brasileira.

Conta a história que para proteger seu povo, Nzinga – então rainha de Matamba – fez uma aliança com os portugueses, mudou de nome e passou a se chamar Dona Ana de Sousa. Torna-se uma verdadeira senhora da Corte, vivendo entre a nobreza e usufruindo do luxo, da riqueza e da ostentação.

Reza a lenda que os portugueses quebraram o acordo, o que revoltou a Rainha. Nzinga então lidera um grupo de resistência ao domínio português. É creditado a ela a criação dos quilombos como local de resistência e a aliança com navegadores holandeses para a libertação de Portugal.

Se engana quem pensa que o objetivo principal da Rainha – ou Rei como ela preferia ser chamada – era a libertação de seu povo. Nzinga queria poder, dinheiro, luxo. Não hesitava em conseguir retirar o máximo de seus súditos – até mesmo o sangue que corria em suas veias.

É traída pelo seu próprio povo, morta pelos portugueses. Seus seguidores são mandados para o Brasil em navios negreiros. Sua força e luta se tornam combustível para o sincretismo dos escravos. Torna-se Nossa Senhora do Rosário dos Pretos e da Boa Morte nas Congadas e a Rainha das Nações no Maracatu.

Sua história está perpetuada.

No Carnaval 2010, Nzinga será o enredo da Império da Tijuca, escola do Morro da Formiga no Rio de Janeiro. O impérinho – como é conhecida – tem como carnavalesco o jovem Jack Vasconcelos, campeão no último ano na União da Ilha do Governador. Promessa de grande desfile e de um grande samba.

A obra abaixo é de Paulo César, Henrique Badá e André Barradão e a minha preferida na disputa para ser o samba oficial da escola em 2010. Resta torcer!

 

Verdades ou mentiras dessa história
Ao certo ninguém nunca saberá
Kimbandas, feiticeiros evocaram os Ngangas e tatás
O mal se revelou na profecia
Tempos difíceis de escuridão
O sangue dos Jagas guerreiros
Matava a sede do império da ambição
Desembarcaram os portugueses pra colonizar
Catequizar e dominar
Usando a fé e a violência
Ao povo negro conseguiu escravizar


Eparreio Oiá, eparrei Oiá
E nesse canto de fé
A Império traz o axé
Iluminando o nosso carnaval


Na peregrinação pelo poder
Se converteu e se alfabetizou
Fez alianças com o inimigo por querer
Sua coroa sua dilenga conquistou
Mas a quilombola nem sonhava
Que entre seu povo haveria a traição
Lutou mas foi aprisionada
E atravessou o oceano num porão
Nas lavouras brasileira, miscigenação
À meia noite calunga é proteção


Nzinga, Ginga é senhora de Matamba
A Império da Tijuca vem mostrar
Nasceu princesa descendente do Rei Samba
Virou guerreira a Rainha do Congá

Ouça o samba aqui

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Carnavais Inesquecíveis: Unidos da Tijuca 2004

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Dizem que o ato de sonhar é a base do desenvolvimento científico. Que essa visão é romântica demais, acho que fica claro para todo mundo. Talvez seja simplista afirmar que apenas o desejo pela superação seja o responsável pela inciativa humana para buscar a solução para os problemas que o próprio homem vive (ou diz viver). É esse o ponto de partida para um dos enredos mais elogiados e bem desenvolvidos dos últimos tempos no carnaval carioca: "O sonho da criação e a criação do sonho - A arte da ciência do tempo do impossível", desenvolvido em conjunto pelo carnavalesco Paulo Barros e a Casa da Ciência do Rio de Janeiro.

foto45O percurso feito pela narrativa é mágico. Começa em uma máquina do tempo, que nos leva diretamente ao século III a.D. quando surgem os primeiros alquimistas, precursores da ciência moderna. Passa pela descoberta da eletricidade até os avanços mais recentes propiciados pelas pesquisas com o Genoma humano. "Com o viajar no tempo, percebemos a imensa capacidade humana de criar, de concretizar idéias, por mais impossíveis e mirabolantes que possam parecer. E continuamos a sonhar, mesmo incertos com os seus possíveis usos e realizações. No futuro, seremos meio máquina – meio homem? Poderemos utilizar o tão sonhado teletransporte, que nos levará de um ponto ao outro em questão de segundos? Estaremos livres de doenças com o avanço da medicina? A máquina do tempo parte em direção ao amanhã, para descobrir no que se transformará o que hoje é apenas sonho", conclui a sinopse belíssima.

foto35Visualmente o impacto do desfile foi inesperado e completamente surpreendente. Desde a comissão de frente completamente mecanizada até o imenso abre-alas representando uma máquina do tempo. Fantasias leves e de leitura extremamente fácil, em cores quentes (tons predominantemente dourados e acobreados) e muito bem resolvidas deram à escola um visual homogêneo e ao mesmo tempo diferente do que a própria Unidos da Tijuca havia apresentado até então.

Mas o melhor estava por vir. O último carro, representando o DNA humano, segundo o enredo a fonte de nossos maiores segredos, foi genialmente criado pelo carnavalesco. Mais de 100 pessoas sincronizavam as ligações químicas entre as bases que formam nosso código genético. Uma estrutura de ferro se tornou uma das maiores revoluções do carnaval em todos os tempos graças a um pequeno grande detalhe: pessoas. Até hoje, os resquícios desse desfile permanecem vivos.

O carnaval se tornou mais vivo após a invencionice sonhadora de Paulo Barros.

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Fotos: FM o Dia

terça-feira, 28 de julho de 2009

La Pupuña: uma galera muito maluca que mistura guitarra com açúcar

Por Márcia Malcher

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Para o nortista, a ``pupunha`` é o fruto, que depois de cozido, acompanha bem o café preto. Já o resto do país conhece mais a pupunheira. Palmeira da qual também se extrai o palmito, além do açaizeiro.

E não é que um grupo de estudantes do curso de Licenciatura em Música da Universidade Federal do Pará (UFPA) resolveu mostrar o sabor tropical da música paraense de uma forma bem diferente. Não por acaso, o nome da banda é La Pupuña.

Tudo começou quando eles resolveram estudar os mestres da guitarrada Aldo Sena, Curica e Mestre Vieira. O trio amplifica as guitarras em linha direta com o som, sem pedais ou sup ortes caros.

Dessa maneira, a pesquisa intitulada Guitarrada – a música instrumental com sotaque paraense acabou virando experimento. A banda formada por Adriano Sousa (bateria), Marcio Goés (baixo), Diego Muralha (guitarra), Luiz Félix (guitarra e percussão), Rodolfo Santana (teclado) e Ytanaã Figueiredo (voz e percussão) mesclou elementos do rock, do merengue, surf music, brega e principalmente, da guitarrada. O resultado? um som instrumental que tem autoria e ritmo próprio.

O La Pupuña estreou no Rec Beat, em Recife, tocando para cerca de cinco mil pessoas. Hoje, continua sendo presença marcante nos bares de Belém, além de se apresentar em eventos, festivais e shows por todo o país. Som de ritmos múltiplos com um gostinho paraense. Impossível não se mexer.

A prova da pluralidade do grupo foi o encontro deles com outra banda independente do Pará. Madame Saatan, que hoje é o ícone do heavy metal paraense, junto com o La Pupuña, cantam uma música em homenagem a Belém


Carnavais inesquecíveis: Mocidade 1985 “Ziriguidum 2001”

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1985. Segundo ano do Sambódromo da Marquês de Sapucaí. Fernando Pinto, carnavalesco já consagrado, apresenta na sempre inovadora Mocidade um enredo completamente diferente do que usualmente era visto . “Ziriguidum 2001 – Um Mocidade-19852Carnaval nas Estrelas”  era a aposta da agremiação de Vila Vintém para manter a tradição de alta competitividade que teve durante toda a década de 80.

A união entre dois temas tão diferentes – carnaval e espaço sideral – rendeu belas criações. Era como se o mestre sala fizesse sua evolução com o brilho de uma estrela e a porta-bandeira girasse com a perfeição da órbita dos planetas. Era hora dos seres extraterrenos caírem no samba ao som da bateria, como bem apontava o excelente samba-enredo.

Eram mais de oito da manhã quando a escola entrou na avenida. O impacto e a empatia com o público foram praticamente instantâneos. Mas o que mais encantou Mocidade-19851naquele momento foi a fantástica concepção visual que o carnavalesco conseguiu, iluminado pelos raios de sol que pareciam comtemplar a festa como nunca fizeram. Saíram as alegorias estáticas do passado e entraram as com movimento, vazadas, brilhantes, gigantescas. A evolução impecável foi carregada pelo canto a plenos pulmões de um dos grandes sambas do Carnaval Carioca em todos os tempos. No fim, o título consagrador de uma apresentação irrepreensível.

 

Quero ver no céu minha estrela brilhar
Escrever meus versos à luz do luar
Vou fazer todo o universo sambar!
Até os astros irradiam mais fulgor
A própria vida de alegria se enfeitou
Está em festa o espaço sideral
Vibra o universo hoje é carnaval!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Mercedes Baptista e o quebrar dos grilhões

cubangoO ano era 1948. A famosa democracia racial ainda não era vivenciada, o fantasma da escravidão era ainda mais vívido do que hoje e o negro era inexistente nos grandes espetáculos de cultura erudita. É então que a bailarina Mercedes Baptista, negra, tem a ousadia de disputar uma vaga entre o corpo do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. A bailarina, diferente das demais concorrentes brancas,  fez o teste juntamente com homens. E o inesperado acabou acontecendo quando ela foi aprovada.

Mercedes não apenas quebrou a barreira de ser a primeira negra a integrar espetáculos no TM. Construiu ao longo de sua carreira momentos importantes de vanguarda para a história da dança brasileira. O hibridismo proporcionado pelas suas coreografias, que uniam elementos vindos de danças como o Corta Jaca, o Funeral de Rei Nagô, o Corbarão, o Mondongo, o Jongo e Congo, com os tradicionais passos das danças clássicas, foi uma verdadeira revolução para a criação de um estilo todo peculiar de unir produções culturais opostas.

Na década de 60, Mercedes se dedica a outra de suas paixões: o carnaval. No Aminueto2cadêmicos do Salgueiro é responsável por uma revolução ao introduzir as alas coreografadas (no enredo Xica da Silva em 1963 na famosa ala Minueto - foto). Em 1964 repete o feito em outro enredo de temática afro “Chico-Rei”.

Mercedes é um dos tantos personagens da história brasileira que não tiveram o reconhecimento que merecem. Um dos tantos negros que se confundem com a própria história da construção da nossa identidade.

 

O violino com o batuque do tambor
Corta-jaca, mondogo, me leva! 
Ao "pás de deux" no jongo e, "entrechat" no congo
Início de uma nova era

Hibridismo cultural

De onde vem essa cultura vibrante que povoa os quatro cantos desse país, transformando a simples expressão popular na mais rica concepção de identidade nacional? Como são as relações onde o nosso é esquecido e diluído enquanto o exterior é exaltado e vivenciado em plenitude? É esse o objetivo desse blog. Refletir sobre a história brasileira e as expressões culturais de ontem e hoje.