terça-feira, 28 de julho de 2009

La Pupuña: uma galera muito maluca que mistura guitarra com açúcar

Por Márcia Malcher

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Para o nortista, a ``pupunha`` é o fruto, que depois de cozido, acompanha bem o café preto. Já o resto do país conhece mais a pupunheira. Palmeira da qual também se extrai o palmito, além do açaizeiro.

E não é que um grupo de estudantes do curso de Licenciatura em Música da Universidade Federal do Pará (UFPA) resolveu mostrar o sabor tropical da música paraense de uma forma bem diferente. Não por acaso, o nome da banda é La Pupuña.

Tudo começou quando eles resolveram estudar os mestres da guitarrada Aldo Sena, Curica e Mestre Vieira. O trio amplifica as guitarras em linha direta com o som, sem pedais ou sup ortes caros.

Dessa maneira, a pesquisa intitulada Guitarrada – a música instrumental com sotaque paraense acabou virando experimento. A banda formada por Adriano Sousa (bateria), Marcio Goés (baixo), Diego Muralha (guitarra), Luiz Félix (guitarra e percussão), Rodolfo Santana (teclado) e Ytanaã Figueiredo (voz e percussão) mesclou elementos do rock, do merengue, surf music, brega e principalmente, da guitarrada. O resultado? um som instrumental que tem autoria e ritmo próprio.

O La Pupuña estreou no Rec Beat, em Recife, tocando para cerca de cinco mil pessoas. Hoje, continua sendo presença marcante nos bares de Belém, além de se apresentar em eventos, festivais e shows por todo o país. Som de ritmos múltiplos com um gostinho paraense. Impossível não se mexer.

A prova da pluralidade do grupo foi o encontro deles com outra banda independente do Pará. Madame Saatan, que hoje é o ícone do heavy metal paraense, junto com o La Pupuña, cantam uma música em homenagem a Belém


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